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Luís Aguiar Conraria é referido em Artigo do Jornal El País, sobre o estudo por si coordenado Intitulado “Quem paga a Raspadinha” Voltar

quarta-feira, 20.3.2024  
Luís Aguiar-Conraria
Luís Aguiar Conraria, Presidente da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho (EEG) e professor do Departamento de Economia da mesma escola, foi referido no Jornal El País, no dia 8 de Março de 2024, juntamente com o professor Pedro Morgado, Coordenadores do estudo em referência no artigo intitulado “El Juego de azar que engancha Portugal”.

Este artigo, com data de 08 de Março de 2023, publicado no El País, um dos meios de comunicação de maior notoriedade e leitura mundial, destaca os resultados preocupantes de um estudo sobre a popularidade e o potencial viciante das raspadinhas em Portugal, focando-se especialmente no papel do professor Luís Aguiar-Conraria, um dos coordenadores da investigação.

A pesquisa, financiada pelo Conselho Económico e Social em 2023, foi conduzida por uma equipa de sete investigadores da Universidade do Minho e revelou que cerca de 100.000 pessoas em Portugal enfrentam "problemas" com este jogo de azar, com aproximadamente 30.000 a sofrerem de uma adição patológica.

O estudo intitulado "Quem Paga a Raspadinha" trouxe à luz o perfil predominante dos jogadores mais assíduos: indivíduos com baixos recursos, idades avançadas, pouca formação escolar e de profissões manuais, destacando como as raspadinhas afetam de forma desproporcional as camadas mais vulneráveis da sociedade. As razões identificadas incluem a simplicidade das regras, a ampla disponibilidade do jogo em locais como cafés, quiosques e supermercados, a possibilidade de recompensa imediata e o baixo custo de cada aposta, que gera a impressão de um gasto mínimo. Além disso, a publicidade indireta gerada por prêmios elevados frequentemente destacados nos meios de comunicação contribui para a perturbação e o aumento do interesse pelo jogo.

As descobertas deste estudo provocaram uma resposta do governo português, que tomou medidas para alterar algumas práticas relacionadas à comercialização das raspadinhas. Notavelmente, a proibição da venda destes jogos de azar nas sucursais dos CTT (Correios de Portugal) foi uma das ações implementadas, refletindo a preocupação com o impacto social e psicológico do jogo entre as populações mais vulneráveis. Estas intervenções governamentais evidenciam o reconhecimento da gravidade do problema e a necessidade de promover um jogo mais responsável.

O estudo também destacou uma paradoxal relação financeira, com o monopólio das raspadinhas a ser detido pela Santa Casa da Misericórdia, uma instituição caritativa que se destina a apoiar os mais necessitados, mas que se financia por meio de um produto que prejudica especialmente esses mesmos grupos. Esta contradição sublinha a complexidade do problema e a dificuldade em encontrar soluções que equilibrem a geração de receita para fins sociais com a proteção da saúde mental e o bem-estar das populações mais desfavorecidas.

Em resposta às preocupações levantadas, o estudo sugere alternativas à proibição total do jogo, como um maior controle da publicidade indireta e a implementação de mecanismos de autoexclusão, à semelhança do que existe noutras modalidades de jogo. Propõe ainda uma aposta na educação da população sobre os riscos associados às ludopatias, enfatizando a importância de uma abordagem mais informada e consciente em relação ao jogo.

Este artigo não só sublinha a importância do trabalho realizado pelo professor Luís Aguiar-Conraria e sua equipa, mas também reflete sobre como os resultados do estudo influenciaram políticas públicas, levando a mudanças significativas na gestão e comercialização das raspadinhas em Portugal.
Gabinete de Comunicação
Escola de Economia e Gestão
Universidade do Minho
Telefone: 253 604541
e-mail: gci@eeg.uminho.pt
Luís Aguiar-Conraria